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Quadrinhos: Infantis ou não!?
- Irônico o-Culto (1)
Publicado por
Youkai
A magia pessoal é um recurso
formidável que está disponível a, praticamente, qualquer pessoa, podemos usá-la
para manipular as situações a nosso favor. Mas existem aquelas situações
mais... complexas... que usar a energia que dispomos para conseguir alterar
essa situação pode ser perigoso para o magicista ou, na melhor das hipóteses,
não surtir efeito algum... nesses momentos, podemos fazer duas coisas: Chorar e
ficar torcendo para que o Universo sozinho resolva tudo, fazendo um “milagre”
em sua vida ou, podemos ainda, apelar para algum tipo de Arte Oculta que possa
se mostrar mais poderosa que a magia pessoal...
Nobres amigos, existe uma Arte
Oculta muito antiga que eu, particularmente, aprecio muito, mas que é
extremamente perigosa e não sugiro que seja praticada por iniciantes.
O espírito é energia pura, uma
vez que não está conectado nem obrigado a manter um corpo físico, esse espírito
pode manifestar seus poderes com liberdade e nível de energia muito superiores
aos que nós, encarnados, podemos utilzar. Com base nisso, nossos ancestrais
buscaram maneiras de interagir com os espíritos desencarnados para manipular
através deles, nascendo assim a famigerada Necromancia.
Existem diversas formas de
Necromancia, sendo que hoje irei me deter em dois tipos particulares, a
Necromancia Voodoo e uma de suas derivações, a Necromancia Candomblecista.
Começando com a Necromancia
Candomblecista, encontramos nesta o uso mais difundido de Necromancia dentro do
Brasil, onde as pessoas recorrem às Artes para finalidades já tradicionais
dentre o público dessa magia, em se tratando de Brasil, como fazer separações,
matar alguém ou, o mais comum, “trazer o seu amor de volta”. A Yalorixá ou
Babalorixá possuem rituais de “assentar” as entidades, de maneira que elas os
sirvam por tempo indeterminado, podendo inclusive ser herdadas por outros
membros da família. Não sei se seria interessante discutir sobre o rito de
assentamento, deixo para o futuro, caso me seja requisitado, mas com o objetivo
em mente, o feiticeiro invoca alguma entidade para tratar do desejo do
consulente, o desejo é expressado e a entidade dá “o preço” para a realização
do “serviço”. Esse “preço” é, na maioria das vezes, algo ligado a fontes de
prazer material que agrada a entidade, mas, como tudo é energia, não devemos
perder de foco que existe uma quantidade considerável de energia nessas
oferendas, uma vez que os nossos desejos e intenções mais intensos geram um
campo de poder formidável, campo esse que imbuído na oferenda irá agradar muito
a entidade. Então, dessa maneira é feita
a coisa, espíritos negociantes realizam desejos ordinários em troca do que lhe
gera energia e relembra os seus prazeres de outrora...
Passando para a Necromancia
Voodoo, que é mais antiga, perigosa e eficiente, nos vemos com um leque de
possibilidades muito maior que as oferecidas pelo Candomblé. O feiticeiro que
utiliza esse tipo de Arte Oculta se torna muito mais poderoso que feiticeiros
de outras ramificações da magia, uma vez que esses outorgam a si as energias
dos espíritos que eles subjugam. Geralmente, o feiticeiro Voodoo trabalha com
vários espíritos, sendo que alguns são subjugados para lhes outorgar suas
energias e dons, mas existem também os espíritos que trabalham de maneira
escrava para o feiticeiro. Nesse caso, os espíritos não são assentados como no
candomblé, que é um processo amigável e de beneficio mútuo, mas eles são
forçados a servir ao feiticeiro através de um ritual complexo que retira toda e
qualquer possibilidade de liberdade do espírito. Quando recebem alguma ordem,
esses espíritos não podem fazer outra coisa senão agir segundo o que lhe foi
ordenado. A magia Voodoo é, geralmente, utilizada para o mal, uma vez que esta
é extremamente eficiente nesses propósitos, pois os espíritos agem com ira por
conta de sua condição escrava.
Ainda na Necromancia Voodoo,
podemos observar a existência de diversos adivinhos que utilizam do poder dos
mortos para visualizar o por vir. Nesse caso, os ossos dos espíritos que servem
ao feiticeiro são usados como meio material para o processo oracular. Existe
ainda um pequeno número de feiticeiros Voodoo que, depois de se mutilarem e
perderem a visão, fazem rituais antigos e bizarros para poderem utilizar, ainda
que pouco, do dom da Visão, mais conhecido e utilizado em outras culturas, como
a Celta.
Existem, ainda, as adaptações das
magias e dons da Necromancia que são amplamente utilizados por magos ao redor
do mundo. Por se tratar de um tipo de magia extremamente eficiente, eu
recomendo para todos os que buscam um nível mais intermediário e/ou avançado
dentro das Artes Ocultas. Os ritos são complexos em se tratando de disciplina,
concentração, segurança e bom senso, mas são relativamente simples no âmbito
material. Na internet circulam diversas informações a respeito desse tipo de Arte,
mas eu, particularmente, não as recomendo, pois algumas tratam de maneira geral
o que deve ser tratado como específico, mas outras não passam de enrolação. A
Necromancia deve ser analisada considerando as particularidades de cada pessoa
e espírito em questão, a arte de negociar com um espírito é mais simples, mas
depende do que queremos, de quem somos e de com quem estamos lidando, fazer
algo que encontramos com a ajuda do deus do século XXI, o Google, pode causar
danos que vão desde atraso em seus projetos a uma obsessão perigosa e difícil
de ser desfeita. Já a Necromancia Voodoo pode ser mortal, sem prolongamento de
sofrimento nem nada. A pessoa disposta a praticar esse tipo de Magia deve
buscar a orientação de alguém que já possua experiência com elas e, acima de
tudo, ter segurança no que faz.
Ahhh, como eu não perderia a
chance, os católicos também são chegados a Necromancia, mas eles chamam de
“promessa” o mesmo que o candomblecista chama de macumba. Mas não irei me deter
nisso para não pisar no calo de alguém...
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1 comentário(s):
Fale mais sobre essa "Promessa", dos católicos.
Fiquei curioso. :_