Há um mal assolando o mundo dos pseudointelectuais e também dos ocultistas, um mal já a muito enunciado por aqueles que criticavam o eruditismo, onde o estudioso supervaloriza o conhecimento produzido no passado, como se de alguma forma a época antiga fosse de toda perfeita e justa, e ignora a produção de conhecimento de sua própria época, não fazendo nada além de repetir arriscadas interpretações de textos cujo espírito se perdeu, sem nada produzir para o avanço prático da sabedoria humana.
 Esses que são facilmente identificáveis, folheiam livros antigos cujos conceitos e significados originais não podem mais ser alcançados pelo olhar do homem contemporâneo e repetem o resultado de uma leitura puramente superficial como se declamassem palavras mágicas o suficiente para mudar para melhor o destino de toda humanidade, repetem mas não refletem, não praticam, não sentem, não são homens antigos e sim homens contemporâneos.
  São aqueles que se apegam a épocas e deuses longínquos apenas pelo fato de acreditarem em um passado suntuoso, justo, fantástico e superior. Ignoram um conhecimento histórico decente, ignoram a própria incompatibilidade com este passado pervertendo-o para um acúmulo inútil de conhecimentos que nada trará a seu próprio presente.
  São os portadores de títulos, esses tais de “istas” e “ãos”, acumuladores de parafernálias intelectuais que nem ao menos são capazes de bem interpretar, acreditam ter lido os livros que folheiam, mas provavelmente não sabem ler, balbuciadores de absurdos sobre além-mundos e além-homens, experimentadores de todo tipo de quimera que o espírito humano é capaz de criar, que esperar destes presos a um passado ou futuro fantástico, enquanto ignoram por completo o presente?
   Não me tragam esses “magos” que nada produzem, que vomitam que o conhecimento deve ser buscado como desculpas para nada de útil revelar enquanto contraditoriamente lançam seus sofismas aos ventos virtuais.
   Se a modernidade sofria com o exacerbado eruditismo, o que temos nós agora, se não uma deificação do pseudo-eruditismo? Ai de mim que pronuncio essas palavras.


-Lord Vincus

         Muito se tem falado sobre a Lei da Atração nestes últimos tempos. Várias pessoas sentem curiosidade em saber o que tem de importante e de misterioso neste assunto tão badalado na atualidade, principalmente após do lançamento do livro (e mais tarde o DVD) The Secret. Mas, apesar da injeção de ânimo e entusiasmo proporcionado pelo tema, muitas pessoas que começaram a praticar as “técnicas” da Lei da Atração não conseguiram resultados e acabaram descredibilizando-a, bem como desistindo de continuar os exercícios. Será que a Lei da Atração não funciona mesmo ou as pessoas não estão sabendo praticar?
            Ao conversar com várias pessoas sobre o assunto, a maioria delas me afirmou que desistiu e passou a não crer mais nisto. Perguntei a todas, que o porquê da desistência e a resposta, pelo incrível que pareça foi unânime: “pratiquei mais ou menos por uma semana e não houve resultado algum”. Perguntei como se dava a prática diária e as duas respostas mais ditas foram as seguintes: “Escrevi meus desejos num papel, como o Bob Proctor diz no filme, e depois guardei por uma semana no meu guarda-roupas, mas nada aconteceu” e “Eu afirmava por 5 minutos diários: Tenho muito dinheiro, mas nada aconteceu, continuei na mesma”. Então analisei as duas respostas e cheguei a uma conclusão sobre o fracasso destas pessoas.
            Primeiramente, devemos atentar a um caso muito importante: ao se tratar de Lei da Atração, nunca deixe de alimentar seu desejo. Foi o que ocorreu com as pessoas do primeiro caso. Simplesmente escreveram seus desejos num papel e enfiaram numa gaveta de um guarda-roupas, sem ao menos pegar o mesmo durante uma semana. Ora, a Lei da Atração gosta de atitude e de atenção. A partir do momento em que você abandona seus desejos numa gaveta, passa a esquecê-los e não dá a devida atenção diária aos mesmos. Michael Lousier, em seu Livro Lei da atração: o Segredo colocado em prática explica detalhadamente este caso, falando da necessidade de ler todos os dias o que se foi escrito. Portanto, não adianta simplesmente escrever se não der atenção.
            No segundo caso, o da afirmação, o fracasso está ligado a outra coisa. Perguntei a três destas pessoas como elas se sentiam ao afirmar diariamente a frase Tenho muito dinheiro, mas nada aconteceu, continuei na mesma”. As respostas foram justamente as que eu previa: “Eu afirmava, mas me sentia muito mal, como se estivesse enganando a mim mesmo(a). Sempre que afirmava que tinha muito dinheiro, um outro pensamento me dizia que aquilo era mentira, pois minha situação era outra. Esta era a realidade”. O que devemos saber é que o pensamento é o seu desejo sendo propagado ao Universo, mas o seu sentimento é a forma de trazê-lo ate você. De nada adianta pensar, afirmar e repetir inúmeras vezes que está rico, se você não se sente rico. Pensamento e sentimento devem andar juntos, caso contrário um anula o outro. Portanto, Pense e sinta-se bem e como se já tivesse conquistado o seu desejo.
            Em suma, a persistência é o segredo dos vencedores. Insista, persista, mas não desista. Além disto, tente se livrar do pensamento imediatista que nos consome hoje em dia. Podemos conseguir nosso desejo em uma semana, um mês ou até em um ano. Mas continue persistente. Pense, sinta, imagine e tenha certeza que já é seu. Assim o pensamento, aliado ao sentimento de posse e de abundância te fará muito bem, que seja na saúde, nos relacionamentos ou nas finanças. 

                No mês passado falamos sobre um livro desse mesmo autor, e por ter sido uma ótima experiência resolvi fazer uma resenha de outro livro dele, para comprovarmos se ele é realmente bom. O livro selecionado dessa vez, é sobre Wicca , tem coisas básicas sobre a religião e é uma boa leitura para quem quer conhecer um pouco além do que nós normalmente vemos por aí, seja em livros ou na internet. É um livro com muitas informações e de excelente conteúdo.
                O principal interesse do guia, como o autor o intitula, é o bruxo solitário, ou seja, pessoas que não participam de nenhum coven, ou não tem pessoas com quem praticar a sua fé. Scott disse que escreveu esse livro para esse público em especial porque a maioria das leituras que existiam na época eram para covens, ou seja, para grupos e não para pessoas.O autor tenta desmistificar ao máximo a Wicca, tentando trabalhar com a essência da religião, por exemplo, ele comenta sobre facas, athames e bastões, diz a função de cada um, mas explica, se o praticante não tiver um ou não puder usar ele pode usar a sua mão, pois o efeito da prática da fé esta em se sentir bem, a vontade e conectado com os deuses. E estar conectado com os Deuses é uma atividade quase que diária, nos conectamos com eles sempre que sentimos a natureza a nossa volta, Eles estão em toda parte e podem ser sentidos a qualquer momento, uma ligação com o planeta é a mesma coisa que uma ligação com os deuses.
                Cunningham divide o livro em vários capítulos onde trata de assuntos desde os Deuses até a reencarnação, no capítulo sobre reencarnação ele trata também sobre a questão das almas gêmeas, e  faz um comentário que é fantástico: Uma das dificuldades deste conceito é a de que, se estamos todos intrinsecamente ligados às almas de outras pessoas, ao continuarmos a encarnar com elas não estaremos aprendendo absolutamente nada. Assim, anunciar que encontrou sua alma companheira tem o mesmo efeito de dizer que você não está progredindo na espiral encarnacional.Muitas pessoas sonham em ter uma alma gêmea ou em viver outras vidas com as pessoas que amam nessa, mas não se apegue a isso, nós humanos não compreendemos o que é o amor de fato, vivemos uma ilusão ou não sentimos nem de perto o que realmente seja, então viva o momento com quem você tem hoje do seu lado, sorva o máximo que puder de aprendizado e ensine o quanto puder mas não se iluda e nem fique preso a isso, a sua evolução depende de experiências diversificadas, então viva uma vida de cada vez e não se apegue demais a uma pessoa, pessoas novas sempre nos ensinam coisas novas.
                A iniciação é um tema que ele também trata nesse livro, algumas pessoas acham que só podem ser e praticar a wicca depois de iniciados, o que o autor diz no livro e é correto, se você não começa a fazer você nunca vai conhecer de fato, e não saberá se é o caminho que te satisfaz, então estude, tente compreender e pratique a fé, faça os Sabats e os Esbats e com o tempo você se sentirá mais conectado com os Deuses e se sentirá um praticante da fé, então se auto inicie, ou se não quiser se auto iniciar estude mais, busque mais, pratique mais, para que no momento em que encontrar alguém que te instrua ou um coven você já esteja mais avançado e aprenda coisas mais profundas sobre a fé.
                Concluímos com a leitura desse livro que o autor é realmente bom, ele sempre diz em seus livros que tudo que ele escreve é uma sugestão, porque a pratica e a vivencia de fé é individual, ou seja, pessoas têm sentimentos diversificados e o que funciona pra ele pode não funcionar pra você, ele sempre sugere, se você se sentir bem use, mas se não se sentir procure fazer de outro jeito. Quando iniciamos a leitura ele diz que falar sobre religião é difícil e falar sobre wicca é mais difícil ainda porque dentro da religião existem várias correntes e que não existe a mais correta ou a que está no caminho errado, todas são partes importantes que formam a religião em si. Então não existe certo e nem errado em se tratando de fé. Celebre, alegre-se e sinta, se você se sentir a vontade e conectado com os deuses está fazendo da forma correta.
Muito se ouve falar em sexo tântrico, kundalini e coisas afins, mas pouco se fala sobre suas aplicações práticas em se tratando de magia. Pois bem, vamos lá!
Não precisaria dizer que o combustível da magia é a energia espiritual, pois isso é sabido por todos, logo, percebemos de inicio que toda maneira de acumular energia é propícia à realização de magia. Nesse sentido, a prática sexual pode fornecer uma quantidade de energia surpreendente para a realização de magia, mas ai aparece a dúvida: devo transar dentro de um círculo mágico? Sim, desde que você seja um personagem de um livro do Terry Pratchett, não sendo, vamos acordar do sonho e partir para a prática.
A energia sexual também é conhecida como energia vital ou energia criadora, é desnecessário explicar o porquê, então, uma vez que essa prática possui o poder de gerar uma nova vida, possui ela, também, o poder requerido para a realização de muitos sortilégios mágicos, principalmente no tocante à magia mental.

Antes de prosseguir, precisamos pensar um pouco no “Fiat lux”. Segundo a mitologia judaico-cristã, quando o universo estava sendo criado, o deus soberano e único deles disse “haja luz”, então a luz veio a existência... Vamos pensar nesse “Fiat lux” como sendo a essência da magia mental. Esse deus não ficou simplesmente mentalizando que a luz surgiria, foi muito mais que uma ação otimista... Ele pensou a luz e, tendo pensado ela, determinou que ela saísse do mundo das ideias e se tornasse existência. “Penso, logo existo”, disse Descarte, mas uma cadeira não pensa e mesmo assim existe... Claro! Ela foi feita por alguém que pensa... Essa é a ideia que eu quero trazer sobre magia mental, quero afastá-la do simples otimismo que muitos pensam ser a magia, não devo ficar pensando “vai chover, vai chover, vai chover” e pensar que estou fazendo magia mental para chover, isso até mesmo um torcedor de futebol pensa quando seu artilheiro está próximo ao gol adversário... Magia mental é criar no mundo das ideias (vide Platão) o que deseja obter e, posteriormente, trazer a existência física isso que já criamos no mundo das ideias.

Voltando a magia sexual, essa se mostra bem mais interessante que as demais (óbvio)! Durante o ato sexual, devemos sentir a energia da(o) parceira(o), sentir com intensidade e, usando de todos as suas capacidades extrassensoriais, mergulhar nessa energia de modo a senti-la no mais próximo da sua totalidade. Após isso, devemos começar a perceber a nossa própria energia espiritual, senti-la crescer, se expandir em direção à outra pessoa e devemos atuar em harmonia de maneira a tentar fundir essas energias. Tendo unificado esse energia, devemos partir para o terceiro passo, lembrar que somos uma pequena parte de um todo, sendo assim, dispomos também da energia que existe em abundância no Universo, sendo que devemos tentar nos ver como parte de um todo maior, e, sendo assim, buscar desse “todo” mais energia para incorporar à essa que já foi criada entre o casal. Tendo pleno domínio dessa energia gerada e transmutada, é a hora da magia em si. Devemos idealizar a magia que queremos realizar e “criá-la” no mundo das ideias, e então, como o “Fiat lux”, devemos trazê-la a existência física...

Isso tudo é mais simples do que dizem, mas é mais difícil de fazer do que imaginamos. A magia mental e sexual requer grande disciplina de pensamentos, assim como um alinhamento exato dos seus desejos e de como se dará a magia. Além disso, é interessante que a(o) parceira(o) esteja ciente da magia e esteja em sintonia com o mesmo propósito, isso poderá assegurar um resultado satisfatório. Outro agravante para a realização dessa magia é a dificuldade de compreensão da magia mental pelos supostos praticantes dela, uma vez que, ao meu ver, as pessoas costumam confundir a magia mental com um pensamento otimista (estilo O Segredo e coisas do tipo).
Temo não ter sido satisfatoriamente claro, mas havendo quaisquer dúvidas, coloco-me a disposição para esclarecer mais o assunto.

Colunistas livres

Colunistas mensais