A melhor forma de começar a falar sobre esse livro é usando palavras de um mestre sábio: “Livros são feitos para ser lidos, mas bons livros são feitos para ser consultados”, e esse sem dúvida nenhuma é um livro que deve ser sempre consultado. Serei sincera com vocês, comprei esse livro em uma feira na cidade onde moro e paguei bem barato por ele, a principio, não dei nada por ele pelo título, “Sonhando com os Deuses”, sei lá, pareceu  livro de auto-ajuda ou coisas desse gênero (não que eu tenha nada contra quem goste, mas não é minha praia). Comprei também por causa do autor que é muito bem comentado no meio mágico e esse livro foi uma excelente surpresa, acho que foi uma das minhas melhores aquisições de livros.
                Scott sabia exatamente o que estava fazendo quando começou a escrever esse livro, pra quem gosta de história e que adora adquirir novos conhecimentos o autor utiliza os oito primeiros capítulos do livro ou a metade para ser mais clara explicando como os sonhos eram importantes em diversas sociedades desde o Egito até as sociedades indígenas norte americanas, como eles se portavam diante deles e como o sono sagrado (sonhar com os deuses) era comum. Ele explica os tipos de sonhos que podemos ter, desde os naturais até os divinos. Tenho que confessar que o autor é muito esperto nessa parte ela faz você entender que o sono sagrado é algo antigo e muito importante. Não tinha conhecimentos sobre o sono sagrado antes da leitura desse livro e quando cheguei à segunda parte onde ele te instrui como fazer, estava com muita vontade de ter esse contato com os Deuses.
                 Na segunda parte do livro Cunnigham mostra como se prepara de forma correta para ter um sono sagrado, elucida sobre precauções que devemos tomar, o respeito que devemos ter e que precisamos ter uma divindade pessoal com quem nos identificamos e conhecemos, pois o sonho sagrado (ou  o sonho com os Deuses), acontece na maioria das vezes de forma simples, ele explica que os sonhos em que os deuses falam diretamente com você são os mais raros, e que devemos entender os simbolismos dos deuses pois um sonho que não parece nada pode ser a resposta que estávamos procurando. Ele cita uma lista grande sobre deuses seu simbolismo e suas potencialidades. O autor tem a preocupação de te preparar da melhor forma para o sono sagrado, ele mostra questões como alimentação, Lua, ciclos e outras coisas mais e que influencia elas tem sobre o sono. E depois de toda essa preparação vem a parte do ritual em si.
                Estamos acostumados a pegar livros que vem com rituais já prontos e montados, Scott instrui o leitor a montar o seu próprio ritual ela dá dicas de como fazê-lo, mas sempre dizendo que cada indivíduo é único e que algumas questões devem ser modificadas e transformadas para que o ritual fique com a “cara” de quem está montando, para que seja um ritual seu, e não o dele. Depois da parte do ritual vem a parte mais difícil que é a interpretação desses sonhos, muitas vezes nós nem lembramos com o que sonhamos ou não lembramos de todo o sonho, ele ensina técnicas para lembrar esses sonhos. Ele não é muito fã de livros com significados prontos, ele instrui o leitor a montar o seu próprio livro de significados, o que é bem inteligente porque o mar, por exemplo, pode significar beleza, grandeza e alegria para algumas pessoas e para outras que já se afogaram ou não sabem nadar tormento ou dificuldade e com isso ele explica que a melhor maneira de saber o que os seus sonhos significam é você mesmo interpretá-los.
                O livro não é gigante, mas, tem muitas informações. O autor aproveitou da melhor maneira possível cada página, recomendo a todos que puderem que leiam esse livro mesmo os que não acreditam em deuses, pois na primeira metade dele você vai ganhar muitas informações sobre os povos antigos e na segunda uma forma interessante de trabalhar com seus sonhos. Muitas coisas não foram citadas nesse resumo, pois é muita informação e a memória às vezes é meio limitada. Então deixo um conselho a vocês, tenham esse excelente livro de consulta. 

0 comentário(s):

Colunistas livres

Colunistas mensais